domingo, 9 de dezembro de 2007

PAULO BUDA - BUNEKO NO FEITIÇO MINEIRO...


3 comentários:

Anônimo disse...

Foi no arraial de Coroas
Que nasceu o nosso herói.
São verdades, não são loas
Os casos de seus “dodóis”.

Nasceu feio, (isto é verdade!)
Parecendo ouriço-caixeiro.
Dava dó, dava piedade,
Peladão no seu cueiro.

Parecia que era um vulto
Ou filho de lobisomem.
Falavam que quando adulto
Seria um caco de homem.

E o tempo foi passando,
E os fatos acontecendo.
O mundo ia girando,
Nosso herói adoecendo.

Primeiro foi o seu baço,
Que teve de ser sacado.
Tirou depois a vesícula.
Tava o depósito brocado.

Deu dodói no seu tendão
De Aquiles, o deus guerreiro.
E quem fez a operação
Foi um velho curandeiro.

Nosso herói tinha no saco
Três grãos em vez de dois.
Puseram-no de cata cavaco
Mandaram brasa depois:
Do saco retiraram um grão.
(Foi terrível a intervenção!)

No cabeção monstruoso,
Pela feiúra e tamanho,
Havia um fato horroroso
Bem esquisito e estranho.

Todos seus dentes da frente
Saíam de dentro da boca.
Ficavam mui salientes.
Feiúra não era pouca.


Como era feio o dentola!
Até que certo dentista
Pôs tudo aquilo pra fora
Melhorando aquela vista.

Usando de um boticão,
Dentista procedeu a cura.
Bonito não ficou, não!
Melhorou a criatura

Trocou todos os dentes.
Colocou uma dentadura.
O Buda ficou contente
Diminuiu a feiúra.

Melhorando a aparência
O amigo ficou feliz.
Vão ter de mexer no resto:
Nos olhos e nas orelhas,
Na testa e no nariz.

Certa vez um cavouqueiro,
(Ou médico cirurgião),
Marcou pro companheiro
Mais uma operação.

A coisa agora era grave:
Defeito no coração.
Uma válvula era o entrave
Pra melhor circulação.

Foi o herói pra Capital.
Foi pra lá para operar
Sucesso completo, total:
A válvula pôde trocar.

Sarado mais esse dodói
Voltou ele pra São João.
E com o tempo nosso herói
Ficou forte e bonitão.

Mentira! Não é verdade!
Surgiu nele outro dodói.
Sabe qual enfermidade?
Varizes que os anos corrói.

As varizes a as verrugas
(Uma dessas no nariz)
Deverão ser extirpadas
Do corpo desse infeliz.

Fala-se até em psicóloga
Pra cuidar desse doente.
O fato já está em voga
Entre todos seus parentes.

Preocupados estão: Darci,
Osvaldinho e Caixa d’Água.
-“E no fígado não há nada?”
Perguntou o Galisteu.
Rapidinho, diz o Beto:
-“O fígado a pinga comeu!”

Surgiu um novo dodói
No olho do Paulo Buda.
Coitado do nosso herói
Tá precisando de ajuda!.

Será no olho esquerdo?
Ou será n'olho direito?
Em qual deles vão mexer
Pra consertar o defeito?

Na maior cara-de-pau,
Diz o Beto que o olho
Do irmão, que passa mal,
É aquele olho preto,
Que o Buda tem afinal
No finzinho do esqueleto,
Bem atrás lá do seu saco,
E colado no seu taco.

Na verdade pessoal,
O Paulo Buda (coitado!),
Tem, sempre, um novo dodói.
Claro que é muito normal
Que tenha ele cuidado
Com a saúde em geral.
Assim, ocupará no futuro,
Na sua terrinha natal,
O lugarzinho que ocupa
Conterrâneo Zé Elói,
Homem com bastante idade,
O mais velho da cidade.

Pra terminar, um conselho
Ao amigo meio moribundo.
Donde só tira e não põe
Fica um buraco sem fundo.
Se continuar extirpando
Os bofes do seu corpão,
Nada, nada restará
Para pôr no seu caixão.
Esqueça os seus dodóis,
Não mais fale em bisturi.
Estresse ao homem destrói.
Encha a cara com o Darci.





* * *
lfs/dez2007.

Anônimo disse...

Perguntei ao espelho meu:
Sou mesmo tão feio como dizem?
Ele então me respondeu:
Fique tranqüilo, Paulo Buda,
Porque de todos por mim olhados,
vi velhos e tarados;
E sem dúvida, o mais feio
É o seu amigo Luís de Prados!

Anônimo disse...

Se teu espelho é tão mágico
E só diz claras verdades,
O resultado foi trágico
Não teve dó nem piedade.
Ser mais feio do que tu
é triste esculhambação.
Se achas ser um chuchu,
Estás perdendo a visão.

É isso aí, Paulo Buda!
Consulte o teu espelho,
Que deve ser bem zarolho,
Pra ver se dá uma ajuda
Na cura daquele teu olho.

De maneira especial
Desejo-lhe Feliz Natal.
Que em dois mil e oito
Realize bem mais coito.